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terça-feira, 22 de junho de 2010

Confusão em praça pública de Caraúbas causa mal estar entre policias militar e civil


iquePolicia Após a vitória do Brasil sobre a Costa do Marfim por 3 x 1, torcedores de Caraúbas, saíram as ruas para comemorar, aglomerando desta forma muitas pessoas na Praça Reinaldo Pimenta, onde foi gerada uma confusão entre torcedores e um certo tumulto entre as pessoas. O Tenente Eromar Sátiro, que encontrava-se na Praça (a paisana), também comemorando, vendo a confusão, atirou para o alto para dispersar e tentar colocar a ordem no local. Nisto a Operação Oeste – policiais civis que estavam em Caraúbas, foi acionada, pensando tratar-se de troca de tiros entre pessoas comuns. Ao chegar ao local deparou-se com a situação, o tenente Eromar Sátiro Cavalcante, comandante da Polícia Militar de Caraúbas, foi preso sob acusação de disparos de arma de fogo em via pública e por desordem. A confusão, por pouco, não terminou em um confronto armado entre PMs, que queriam a liberação de seu comandante, e policiais civis, que queriam levar o militar para a delegacia.

De acordo com os policiais da Operação Oeste, eles foram acionados após o tenente Eromar efetuar vários tiros no meio da multidão, correndo o risco de alguém ser alvejado. Por isso, segundo os policiais civis, o militar terminou preso.

De acordo com o delegado Inácio Rodrigues de Lima, que responde pela Polícia Civil em Pau dos Ferros e cidades vizinhas e, naquele dia, estava à frente da Operação Oeste, sua equipe atuou da maneira correta. Ele conta que não estava na cidade - tinha ido realizar um flagrante em Pau dos Ferros -, mas que seus policiais informaram que o tenente estaria embriagado e que foi utilizada a força física necessária para que ele fosse imobilizado e, depois, conduzido para a delegacia, onde seria autuado em flagrante. Porém, antes de chegarem à DP, os policiais civis foram "abordados" pelos militares.

Em número bem inferior, os policiais civis teriam entrado em um acordo sobre a condução do tenente até a delegacia de Caraúbas, onde seria feito o flagrante do policial militar. "Mas eles desaparecerem com ele. Não foram pra delegacia como havia sido combinado com minha equipe. Diante disso, informei o ocorrido aos meus superiores e veio uma ordem do comando-geral da PM para que ele se apresentasse em Mossoró", explica Inácio, ressaltando que, logo em seguida, o militar foi apresentado pelos seus policiais, acompanhado por superiores, na DP de Plantão de Mossoró.

Entretanto, a versão do tenente Eromar é completamente diferente dessa que foi apresentada pela Polícia Civil. Ele confirma que efetuou dois disparos para cima, mas seu objetivo seria conter uma confusão que ocorria na praça central de Caraúbas. Ele nega que estivesse embriagado e afirma também que os policiais civis espancaram-no. Por isso, ainda de acordo com Eromar, os seus policiais resolveram intervir e, por pouco, segundo ele, não houve um confronto armado.

O comandante-geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, coronel Araújo Silva, determinou o imediato afastamento do tenente Eromar Sátiro Cavalcante, que há cerca de um ano assumiu a função de comandante do Pelotão da PM de Caraúbas. Ontem mesmo foi designado um novo oficial para comandar a PM na cidade.

De acordo com o comadante-geral da PM, a decisão de afastar o tenente Eromar tem o caráter preventivo. Araújo explica que determinou também a abertura de um procedimento interno para apurar a conduta do policial militar. Caso seja confirmada a denúncia feita pelos policiais civis, o militar deverá ser punido no término do Inquérito Policial Militar.

Diante da acusação, o tenente Eromar vai continuar trabalhando, porém, longe dos serviços ostensivos. Segundo o comandante-geral, Araújo Silva, o tenente vai trabalhar na parte administrativa do Segundo Batalhão de Mossoró, onde ele é subordinado e está sendo feita a investigação interna.

O coronel Araújo lembrou também que, além do procedimento administrativo, o militar vai responder também criminalmente, através do inquérito instaurado pela Polícia Civil. "Ele terá que se explicar também pra Polícia Civil sobre os tiros em via pública", ressalta.

Fonte: Jornal de Fato e testemunhas

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