Após dois meses do início da campanha salarial, os professores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) decidiram ontem, durante assembleia extraordinária na sede da Associação dos Docentes da Uern (Aduern), paralisar as atividades acadêmicas. A greve por tempo indeterminado também foi deflagrada pelo Sindicato dos Técnicos Administrativos da Uern (Sintrauern) . Além disso, grande parte do corpo discente da instituição apoia a pauta em prol de melhores condições e infraestrutura da Universidade.
Na assembleia, além dos professores, houve elevada participação de alunos da Uern. Ao todo, mais de 200 pessoas estiveram presentes no debate. Ainda durante a reunião, o Governo do Estado, através do secretário da Administração e dos Recursos Humanos, Anselmo Carvalho, enviou por escrito uma proposta para as reivindicações da categoria.
O Ofício nº 1.097/2011 trazia os seguintes pontos: reposição salarial da ordem de 23,98% em parcelas anuais, observando o limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal; descontingeciamento de recursos de custeio e de investimento com prazo final de implantação até o final deste ano; além de discussão entre Uern e governo sobre a autonomia financeira da Universidade e constituição imediata de uma comissão para debater as demais pautas de reivindicação dos segmentos universitários.
Apesar da proposição do Estado, a categoria entendeu que as propostas eram evasivas. Conforme a presidente do Sintrauern, Rita de Cássia Vidal, a proposta apresentada pelo Executivo não atendeu os anseios da categoria "O governo propôs uma reposição salarial em parcelas anuais, mas não informou quando será feito o reajuste. E as outras proposições também foram muito vagas. Na prática, não houve nada de concreto na proposta apresentada", declarou.
Fonte: O Mossoroense
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