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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

“Operação Sinal Fechado” apreende bens, leva à prisão empresários e ex-deputado federal


L A M A P U R A

Foi deflagrada ontem em Natal a "Operação Sinal Fechado" que resultou na prisão de políticos, empresários e recolhimento e bloqueio de bens por conta de supostas irregularidades em contratos do Governo do Estado para trabalho de inspeção veicular.

A fraude é estimada em R$ 35 milhões, o valor é o que se calcula ter sido ganho com as fraudes em registro de contratos de financiamento de veículos.

Ao todo foram cumpridos 14 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão expedidos pela juíza titular da 6ª Vara Criminal de Natal, Emanuella Cristina Pereira Fernandes. A ação fez parte de um trabalho conjunto entre os MPs dos estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul onde houve investigação de esquemas semelhantes. Também foram detectadas irregularidades em Alagoas, Paraíba e Minas Gerais.

No Rio Grande do Norte as investigações, que duraram nove meses, apontaram a existência de um esquema de pagamento de propinas dentro do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran/RN) com ramificações em outros estados entre os anos de 2008 e 2010.

O LÍDER

O Ministério Público apontou como líder do suposto esquema o empresário, advogado e lobista George Anderson Olímpio da Silveira. Seria ele o encarregado de fazer o pagamento das propinas.

esquema envolveu outras 16 pessoas
Alcides Fernandes Barbosa ("lobista" paulista);

Carlos Alberto Zafred Marcelino (empresário paulista, sócio da NEEL Brasil Tecnologia Ltda.);

Marco Aurélio Doninelli Fernandes (empresário gaúcho);

José Gilmar de Carvalho Lopes ("Gilmar da Montana" empresário potiguar sócio da Montana Construções);

Edson Cézar Cavalcante Silva (empresário potiguar, sócio da INSPETRANS);

Eduardo de Oliveira Patrício (empresário potiguar);

Caio Biagio Zuliani (advogado e sócio de George Olímpio);

Jailson Herikson Costa da Silva (engenheiro e sócio de George Olímpio);

Fabiano Lindemberg Santos Romeiro (contador e operador financeiro da organização criminosa);

Marcus Vinicius Saldanha Procópio (empresário potiguar);

Jean Queiroz de Brito (empresário potiguar);

Nilton José de Meira (empresário paranaense);

Flávio Ganem Rillo (empresário paranaense);

Luiz Antônio Tavolaro (advogado paulista, atual Procurador-Geral do
Município de São José do Rio Preto/SP);

Marluce Olímpio Freire (tia de George Olímpio, Presidente do IRTDPJ/ RN)

Luiz Cláudio Morais Correia Viana (sócio de George Olímpio).

As investigações da "Operação Sinal Fechado" também envolveram o ex-deputado federal e ex-senador João Faustino (PSDB) e os ex-governadores Wilma de Faria (PSB) e Iberê Ferreira de Souza (PSB).

O tucano teve prisão temporária de cinco dias decretada pela Justiça. Seus advogados tentaram revertê-la em prisão domiciliar. Faustino está acomodado no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, em Natal. Ele é apontado por atuar como lobista em "negociatas" e receber R$ 10 mil mensais de George Olímpio.

Ao se pronunciar sobre a prisão, João Faustino disse ser vítima de um grande equívoco e ainda ironizou o Ministério Público. "Não sei que 'Operação Sinal Fechado' é esta. Eu não passo em sinal fechado, só passo em sinal aberto. Sou um cidadão da terceira idade, tenho 70 anos, tenho cardiopatia grave, fui submetido a várias cirurgias. Tudo isso é levado em consideração no momento em que se concede um habeas corpus", frisou.

O ex-governador Iberê Ferreira é acusado de receber R$ 1 milhão em propina da quadrilha e é uma das 25 pessoas que tiveram bens bloqueados no esquema.

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