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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Governo quer concluir até maio acordo para banda larga


O governo quer concluir até maio as negociações para solucionar as dificuldades para colocar em prática o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e cumprir a meta de levar internet rápida por preços populares para 1.163 municípios até o fim do ano. "Até maio devemos ter uma definição", afirmou hoje o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, após reunião com diversos representantes de provedores de internet.
O ministro se referiu às reivindicações trazidas pelos provedores como os principais entraves para ofertar banda larga com velocidade de 512 quilobits por segundo (kbps) por até R$ 35,00, que é a meta do governo para massificar o acesso à internet no país. Além do preço médio de R$ 60,00 praticado no mercado, os altos impostos, a falta de crédito e a burocracia para conseguir linhas de financiamento foram apontados, segundo Bernardo, como as principais dificuldades dos pequenos provedores para aderir ao PNBL.
"O governo vai interferir para ajudar", disse o ministro, que solicitou aos provedores que tragam uma planilha com todos os custos que interferem no preço da banda larga para serem apresentados em um próximo encontro.
O governo vai remunerar estatais, empresas privadas e governos estaduais pelo uso de cabos de fibra ótica no âmbito do Plano Nacional de Banda Larga. A Telebras, estatal responsável por executar o programa, vai precisar utilizar as redes de fibra ótica para realizar a universalização da internet. A princípio, serão feitas parcerias com "redes associadas ao governo", como as pertencentes à Petrobras e à Eletrobras, maiores detentoras de cabos no país. O ministro estima que haja 30 mil quilômetros de cabos de fibra ótica no país.
Com relação às dificuldades, há casos, por exemplo, em que uma distribuidora de energia elétrica cobra R$ 2,00 por poste para levar internet pela rede elétrica, ao passo que outras cobram R$ 9,00. Em algumas situações, o preço do boleto bancário chega a ter peso de 10% sobre o custo do serviço ofertado. "O governo não pode resolver tudo isso. Mas vamos arregaçar as mangas em cima dessas questões", afirmou Bernardo.
Em relação ao uso das fibras óticas das distribuidoras, Bernardo disse que já conversou sobre o assunto com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. "O ministro Lobão já está preparando uma nota técnica sobre isso para fazer um convênio para a Telebras centralizar a destinação dessas fibras óticas para o comércio de internet", afirmou Bernardo, referindo-se às redes das distribuidoras federais ou federalizadas. Nos casos das privadas ou estaduais, o ministro ponderou que a negociação terá que ser feita com as próprias empresas e governos estaduais.
FINANCIAMENTOS — Para solucionar a questão da falta de garantias dos pequenos provedores para ter acesso a financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), está sob análise do banco uma proposta de inclusão do cartão BNDES vinculado ao PNBL no Fundo Garantidor de Investimentos. O ministro citou também a possibilidade de a Telebras ser parceira dos provedores em alguns investimentos.
Bernardo disse ainda que a Telebras será chamada na mesa de negociações para avaliar a possibilidade de redução do custo de R$ 230,00 do megabit no atacado. Segundo ele, a tendência, com a conclusão das negociações, é que o preço da banda larga fique abaixo de R$ 35,00 ou até mesmo abaixo de R$ 30,00.

Fonte: G1

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